lá no fundo o horizonte
as cores do por do sol
pintadas no céu do inverno
equilibrado sobre uma corda
olho a árvore como seta
certo de que ainda caio
nessa passarela bamba
meu pé balança
o balanço do meu coração
ao arriscar um passo apressado
piso em falso
encontro um chão
e penso que infelizmente os homens
com seus pés e certezas
só conseguem andar na terra
"garanto que uma flor nasceu/ É feia. Mas é flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio." (Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
a medida da loucura
de cada homem
é do tamanho do seu desejo
de ser novo de novo
tem a força dos rios
que correm dentro dele
inundando certezas
afogando verdades
o brilho do sol
alimentando vidas
secando solos
o peso da gravidade
derrubando estrelas
conduzindo borboletas
a medida da loucura
de cada um
tem o amargo do seu café
o salgado de suas lágrimas
o suor do seu trabalho
o gosto da cachaça barata
a fumaça do seu cigarro
o barulho do despertador que toca sete e quinze
a temperatura da sua pele
deitada na cama amando o amor
a medida da loucura
de cada um
aquela que os deuses deram ao homem
para que um não se encontre
a loucura que é necessária
para que não se jogue do edifício
para não tomar veneno comprimido
loucura para não tomar chá de cogumelo
e encontrar a sanidade
a medida da loucura de cada um
aquela que impede que você
ame com a intensidade do poeta
impede que eu grite um palavrão bem alto
a loucura que não me deixar odiar os caretas
porque é politicamente incorreto do ponto
de vista dos loucos reacionários
loucura o bastante
para não enlouquecer de vez
de cada homem
é do tamanho do seu desejo
de ser novo de novo
tem a força dos rios
que correm dentro dele
inundando certezas
afogando verdades
o brilho do sol
alimentando vidas
secando solos
o peso da gravidade
derrubando estrelas
conduzindo borboletas
a medida da loucura
de cada um
tem o amargo do seu café
o salgado de suas lágrimas
o suor do seu trabalho
o gosto da cachaça barata
a fumaça do seu cigarro
o barulho do despertador que toca sete e quinze
a temperatura da sua pele
deitada na cama amando o amor
a medida da loucura
de cada um
aquela que os deuses deram ao homem
para que um não se encontre
a loucura que é necessária
para que não se jogue do edifício
para não tomar veneno comprimido
loucura para não tomar chá de cogumelo
e encontrar a sanidade
a medida da loucura de cada um
aquela que impede que você
ame com a intensidade do poeta
impede que eu grite um palavrão bem alto
a loucura que não me deixar odiar os caretas
porque é politicamente incorreto do ponto
de vista dos loucos reacionários
loucura o bastante
para não enlouquecer de vez
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