O layout do blog combina com suas poesias! Rsrs. Já que nós dois parecemos ter espírito de poeta (embora, no meu caso, não passe de um crasso diletante), compartilho com você uma poesia em especial, uma das primeiras que escrevi, que trata do porquê da poesia.
Razões da escrita
Não sei se escrevo ou sumo, Corro para além do mundo Se risco o chão duro, É com pontapés e murros.
Faz-se tão-somente premente Livrar os males da mente, Não vejo nada mais a minha frente, O mundo perde importância de repente.
Ah! Mundo doente! Ensina-me a ser sorridente! Ademais, teria outro ensejo a escrever, Porquanto tudo que vejo me faz sofrer?
As palavras não são compartilhadas, Jamais transmitidas e propagadas. São minhas e delas tiro solitárias gargalhadas. Porque hajam sido da vida comum degredadas?
Longe do costumeiro, ora, vida minha não tem eixo Caminho de defeitos, palmilhados sem jeito Deu-se então a escrita sem razão, Livrai-me, pois, dos males do coração!
Concluo: escrevo e sumo, pois tal é a sina Em que se vê imiscuída a finalidade da escrita, Pra então reorganizar o mundo a minha medida.
contamine-me com o frescor do seu veneno e deixe-me morrer de overdose poética!
ResponderExcluirO layout do blog combina com suas poesias! Rsrs. Já que nós dois parecemos ter espírito de poeta (embora, no meu caso, não passe de um crasso diletante), compartilho com você uma poesia em especial, uma das primeiras que escrevi, que trata do porquê da poesia.
ResponderExcluirRazões da escrita
Não sei se escrevo ou sumo,
Corro para além do mundo
Se risco o chão duro,
É com pontapés e murros.
Faz-se tão-somente premente
Livrar os males da mente,
Não vejo nada mais a minha frente,
O mundo perde importância de repente.
Ah! Mundo doente! Ensina-me a ser sorridente!
Ademais, teria outro ensejo a escrever,
Porquanto tudo que vejo me faz sofrer?
As palavras não são compartilhadas,
Jamais transmitidas e propagadas.
São minhas e delas tiro solitárias gargalhadas.
Porque hajam sido da vida comum degredadas?
Longe do costumeiro, ora, vida minha não tem eixo
Caminho de defeitos, palmilhados sem jeito
Deu-se então a escrita sem razão,
Livrai-me, pois, dos males do coração!
Concluo: escrevo e sumo, pois tal é a sina
Em que se vê imiscuída a finalidade da escrita,
Pra então reorganizar o mundo a minha medida.