segunda-feira, 11 de junho de 2012

patologia

guardo meus exageros
num frasco de conta gotas.
adoeço de loucura em doses homeopáticas.


2 comentários:

  1. contamine-me com o frescor do seu veneno e deixe-me morrer de overdose poética!

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  2. O layout do blog combina com suas poesias! Rsrs. Já que nós dois parecemos ter espírito de poeta (embora, no meu caso, não passe de um crasso diletante), compartilho com você uma poesia em especial, uma das primeiras que escrevi, que trata do porquê da poesia.

    Razões da escrita


    Não sei se escrevo ou sumo,
    Corro para além do mundo
    Se risco o chão duro,
    É com pontapés e murros.

    Faz-se tão-somente premente
    Livrar os males da mente,
    Não vejo nada mais a minha frente,
    O mundo perde importância de repente.

    Ah! Mundo doente! Ensina-me a ser sorridente!
    Ademais, teria outro ensejo a escrever,
    Porquanto tudo que vejo me faz sofrer?

    As palavras não são compartilhadas,
    Jamais transmitidas e propagadas.
    São minhas e delas tiro solitárias gargalhadas.
    Porque hajam sido da vida comum degredadas?

    Longe do costumeiro, ora, vida minha não tem eixo
    Caminho de defeitos, palmilhados sem jeito
    Deu-se então a escrita sem razão,
    Livrai-me, pois, dos males do coração!

    Concluo: escrevo e sumo, pois tal é a sina
    Em que se vê imiscuída a finalidade da escrita,
    Pra então reorganizar o mundo a minha medida.

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