segunda-feira, 15 de abril de 2013

três



monólogo de dois
eu tudo agora
você nada depois



primavera de maio
ou você muda tudo
ou eu saio




se cada homem é uma ilha
eu só
exílio



entre a vida e a morte
um risco
qualquer poesia é sorte



toda a espiritualidade cabe num arma(zen)
amontoada no sótão
poeira e papéis



depois da janela - a vida
um jardim de lírios
delírio e lira



suicídio inevitável
todos os impulsos
serão cortados

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